Como o acesso à educação é muito importante, a nossa turma está a preparar um Concurso de Conhecimento para fazer no final do ano lectivo.
Vai estar dividido em dois escalões: para alunos dos 5º e 6º anos e para alunos dos 7º, 8º e 9º anos. E vai chamar-se ...
O Sabichão!
Palavras agradáveis são como favos de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.
(Provérbio)
O pai do Carlos é apicultor. Durante uma aula de Área de Projecto, visitou-nos e mostrou-nos o mel que as suas abelhas produzem. Para além de o vermos, também o provámos, de várias maneiras, com bolachas, tostas e queijo.
É ou não é apetitoso? Hmmm...
Ingredientes para um convívio saudável.
Sabemos que o mel é um alimento saudável, porque apesar de ser doce é natural e até pode ajudar quando estamos doentes (quando têm uma dor de garganta, por exemplo, os vossos pais nunca vos deram uma colher de mel?).
Por isso, tivemos curiosidade em saber mais sobre o que é a “apicultura”.
Segundo a Wikipédia, a apicultura é "a criação de abelhas para produção de mel e cera e também é a parte da zootecnia especial dedicada ao estudo e à criação de abelhas para os seguintes fins: produção de mel, própolis, geléia real, pólen e veneno. Além disso, as abelhas são óptimas polinizadoras".
Farda e equipamento de trabalho
Cuidar das abelhas pode ser divertido mas deve ser feito com todo o cuidado, por causa das picadas. Por isso, um equipamento que proteja o apicultor é essencial.
O fato protector usado pelo pai do Carlos.A rede na cabeça permite respirar mas não deixa passar as abelhas. Mas para além do fato há outro equipamento essencial.
Algum do equipamento.
As luvas têm de ser grossas para proteger o apicultor.
Este é o fumigador, que produz fumo para o apicultor poder fazer o manuseamento em segurança.
Por fim, este é o garfo desoperculador, que serve para desopercular os favos de mel. Isto é: "as abelhas quando enchem um alvéolo com mel, esse mel tem uma grande percentagem de água, água essa que com o auxilio do calor da colmeia se vai evaporando. Quando o mel ainda tem uma grande percentagem de água diz-se que esse mel é verde, e nesse caso esse mel não está bom para crestar. Quando o mel fica maduro, isto é fica mais espesso e sem um teor tão elevado de água, as abelhas cobrem o alvéolo com uma fina camada de cera, o opérculo. Quando se efectua a cresta, é necessário retirar esses opérculos. Tal trabalho chama-se de desoperculação e faz-se com a ajuda de uma faca de desoperculação ou com um garfo de desoperculação."
Como já referimos, a nossa escola fica em Oliveira do Arda, que pertence à freguesia da Raiva, concelho de Castelo de Paiva. Perto dela passam os rios Arda e Douro, o que faz com que toda a zona tenha paisagens fantásticas de eucaliptos, que vale a pena conhecer.
Brasão da freguesia de Raiva
A freguesia tem 12,10km² de área, e em 2001 tinha 2394 habitantes. Foi elevada a vila em 1 de Julho de 2003. Faz parte do património da freguesia o Pelourinho de Raiva (Imóvel de Interesse Público - Decreto nº23122, de 11 de Outubro de 1933), que é "de tipo rústico, com coluna encimada por corpo piramidal". Acima da escola fica também o conhecido Miradouro de S. Domingos, de onde é possível ver os barcos que percorrem o douro.
No Monte de S. Domingos.
Vista de S. Domingos.
Muitos dos alunos que frequentam esta escola são também de freguesias vizinhas, como o Paraíso ou Pedorido.
Pedorido, a caminho da escola. A paisagem é linda.
As freguesias de Castelo de Paiva são as seguintes:
* Bairros
* Fornos
* Paraíso
* Pedorido
* Raiva
* Real
* Santa Maria de Sardoura
* São Martinho de Sardoura
* Sobrado (Castelo de Paiva)
Vale mesmo a pena visitar esta região. Por isso, aconselhamos o site Via Michelin, para encontrar o melhor caminho para si!
Na nossa escola existem algumas turmas que não são de crianças/adolescentes mas de adultos. No Natal publicámos no blogue uma fotografia do Presépio feito por uma dessas turmas EFA (Ensino e Formação de Adultos).
Tivemos curiosidade em saber mais sobre eles, e por isso o nosso grupo de Área de Projecto (Pedro, José, Mara, Carlos Osório e Daniel) elaborou um inquérito e pediu a alguns dos alunos dessa turma para responderem.
INQUÉRITO
Obtivemos respostas muito interessantes e ficámos a perceber um bocadinho mais sobre o que leva alguns adultos a levar à escola. Aqui ficam algumas citações:
1. Porque quero aprender mais em algumas disciplinas e também no meu emprego e mais tarde posso vir a precisar dos estudos na minha vida profissional.
2. Porque os meus pais não tinham possibilidades para estudar e tive que ir trabalhar aos 13 anos para ajudar com as despesas em casa.
3. Matemática; Inglês; Tic (Tecnologias de Informação e Comunicação); Língua Portuguesa; e Cidadania e Empregabilidade.
4. É muito cansativo por ainda ter de trabalhar de dia.
5. A resposta é unânime: sim. As justificações é que variam: porque se dão bem uns com os outros, porque convivem uns com os outros. Outros preferem salientar mesmo que gostam não só da companhia dos colegas como também dos professores.
O nosso grupo (Carlos Coelho, Paulo Patrão, e Vítor Vieira) está a elaborar um Projecto relacionado com fardas de trabalho - algumas, da região. A primeira profissão - e farda de trabalho - que escolhemos, porque tem directamente a ver com a nossa região é:
O Mineiro
"(...) Pela primeira vez, avalia até ao desespero o valor de uma vida; cada um daqueles homens anónimos, reses de um rebanho, tem uma existência a respeitar."
Fernando Namora, Minas de São Francisco
A extracção de minérios metálicos, preciosos e energéticos já é feita há muito tempo, mas a partir de meados da década de 90 este sector começou a entrar em crise. As Minas do Pejão, em Pedorido, freguesia do nosso concelho, também sofreram com isso, e foram entretanto fechadas.
Mas a sua importância para a região foi tanta que está prevista a criação de um museu, que poderá trazer boas consequências:
“Com a criação do Museu do Carvão e das Minas do Pejão, para além de se perpetuar um historial riquíssimo daquilo que foi o apogeu da exploração carbonífera em Castelo de Paiva, estaremos a preservar a nossa história e a deixar um importante legado ás gerações vindouras e a todos aqueles que futuramente vão visitar o complexo museológico, localizado na freguesia de Pedorido“, disse o Presidente da Câmara de Castelo de Paiva.
As Minas, em Pedorido, junto ao Rio Douro.
A vida dos Mineiros
Os mineiros antigamente tinham muitas horas de trabalho pela frente, tinham o salário muito pequeno e viviam mal. Alguns tinham de ir para as minas a pé, outros tinham a sorte de ir de motorizada. Uns tinham dinheiro para comer, outros passavam mais dificuldades para sustentar a família. (As dificuldades por que passavam os mineiros em geral até inspiraram a escrita de várias músicas sobre o tema.)
O trabalho que exerciam nas minas também tinha consequências na saúde destes homens: o pó do carvão que apanhavam nas minas prejudicava-lhes os pulmões. Para além deste perigo, tinham de se precaver de outros perigos constantes, como as derrocadas.
O Equipamento de Trabalho dos Mineiros
(As imagens seguintes foram retiradas de um vídeo sobre os Mineiros do Pejão.)
O capacete era uma peça essencial da farda do mineiro, para a sua protecção e para, com a luz, poderem ver melhor no escuro.
A picareta era outra ferramenta essencial. Para além desta, outras ferramentas de perfuração mais sofisticadas eram também usadas.
Aqui podemos ver algumas das peças de vestuário que os Mineiros usavam, e que ficavam guardadas / penduradas neste espaço. Como se pode ver, as botas tinham de ser muito resistentes. Quando saíam das minas e iam trocar de roupa outra vez, os mineiros tinham de tomar banho para se ver livres de todo aquele pó.
Na imagem de cima podemos ver uma fila de mineiros.
A sua vida dura inspirou o monumento aos mineiros, perto do edifício da Empresa Carbonífera do Douro, que foi inaugurado em 24 de Junho de 1996:
Esta locomotiva, a "Pedorido", que hoje está exposta num jardim da estação de Faro, chegou a ser utilizada pela Empresa Carborífera do Douro.
A mesma empresa promoveu a 19 de Setembro de 1948 a inauguração de um campo de jogos e da Banda dos Mineiros do Pejão.
decidiram fazer um trabalho sobre a escola e a relação de alunos, professores e funcionários com ela.
Inicialmente fomos pedir algumas informações à secretaria. Assim, ficámos a saber que nesta escola podemos encontrar 317 alunos, 58 professores e ainda 28 funcionários.
Todas nós quisemos então construir inquéritos para perceber mais um pouco a relação das pessoas com a escola. O primeiro que realizámos foi a alunos. Nesse inquérito fizemos várias perguntas:
Responderam a este inquérito 13 alunos da nossa escola.
Da análise que fizemos aos resultados dos inquéritos, chegámos a algumas conclusões interessantes. O espaço escolar preferido da maioria é o pavilhão. Assim, e sem surpresa, a disciplina preferida é Educação Física. O que os alunos mais gostam de fazer na biblioteca é de trabalhar com os computadores. Apesar de ser um filme de suspense e terror com alguma violência, o Saw IV é o filme que mais alunos gostariam de ver na escola.
De um modo geral todos os alunos expressaram gosto pela escola apesar das opiniões diferentes.
